terça-feira, 30 de março de 2010

ENERGIA EMPRESARIAL E LIDERANÇA

A ENERGIA JÁ LÁ ESTÁ ...

Segundo as leis da física, toda massa possui armazenada em si uma enorme quantidade de energia. Tal como na natureza , as organizações possuem em si uma grande quantidade de energia armazenada , energia empresarial, que está apenas à espera de ser despertada.

A energia empresarial é despertada quando as pessoas envolvidas na organização agem segundo valores éticos, correm riscos e vão ao encontro de desafios, dá-lhes vitalidade e vontade de vencer, faz com que trabalhem com as mãos, a cabeça e o coração. Surge da energia que cada membro da organização tem em si. Neste processo de geração de energia, toda a gente, a todos os níveis, tem que estar envolvida. É verdade que é mais fácil que a energia seja gerada se o ímpeto inicial vier do topo da organização, no entanto nada impede que se gere no meio da organização e depois se origine uma reacção em cadeia.

... Espera ser despertada
No mercado rápido de hoje em dia, as organizações precisam cada vez mais de alguém com capacidade para impulsionar os outros, com capacidade de liderança: de um líder. A capacidade de liderança não é algo místico, é um conjunto de capacidades que pode e deve ser aprendido.

Um lider liberta a energia empresarial, transmite-a à sua equipe e faz sobressair a energia desta. Conhece-se no dia a dia e confirma as suas potencialidades sobre pressão. Quando actua debaixo de fogo, um verdadeiro líder continua a guiar-se pelos valores em que acredita e que o ajudaram(e ajudam) a libertar a energia na sua organização.

Os valores são, aliás, essenciais na criação da energia empresarial. Uma das razões da crise de energia empresarial é a decadência da ética no trabalho . Mas antes de poder fazer renascer a ética no trabalho, é necessário que os trabalhadores voltem a sentir prazer ao trabalhar. Devem incentivar-se o interesse e o empenho no trabalho, que aliás são naturais nos membros da organização. Estes devem poder sentir, no seu local de trabalho, a alegria do sucesso pessoal e das conquistas. É ao líder que cabe ser o catalizador que faz despertar e manter vivo o entusiasmo e o empenho da sua equipa.

" O desafio actual posto às organizações é arranjar maneira de voltar a colocar no local de trabalho o orgulho no trabalho produzido e o espírito inventivo dos trabalhadores ".

A importância do contacto pessoal

Muitas organizações são geridas através de relatórios, no entanto "Utilizar relatórios para gerir uma Organização... é como tentar guiar um carro com as mãos no espelho retrovisor." Os gestores não podem esconder-se atrás de relatórios e de uma série de níveis de funcionários. Para serem líderes têm que transmitir a energia empresarial às pessoas que trabalham na linha da frente. Estas "são as únicas que poderão transformar a energia empresarial em trabalho útil".

Esse contacto deve ser, não só com as pessoas da linha da frente, como também com aquelas que são clientes da organização . O contacto directo com estes clientes não só ajuda os gestores a tomar maior consciência do que realmente se passa na sua organização como também é um sinal, para a organização, de que não têm medo de agir.

Os líderes têm que enviar para a sua organização, em qualquer situação, através de acções, sinais consistentes que despertem a energia empresarial. Agir é a única forma de obter a visibilidade que, juntamente com a liderança são essenciais para o sucesso empresarial. "Uma liderança visível poderá encorajar a acção e fornecer a faísca que irá acender a chama da energia empresarial".

As vitórias e os erros
Um verdadeiro líder têm que acreditar no sucesso da organização e fazer com que esta também acredite. Tem que ser capaz de ver esse sucesso para poder passar essa imagem aos outros, uma vez que será ele que guiará a organização do momento em que está para esse futuro desejado. "Para ter sucesso, terá de tirar as mãos do espelho retrovisor e colocá-las de novo no volante".

Quando gerada, a energia empresarial faz com que os empregados sintam alegria no trabalho e queiram contribuir de forma positiva para o futuro da organização, um futuro que conseguem entender, ver e de que se sentem parte. Por isso tornam-se mais criativos. Essa criatividade deve ser olhada não como uma ameaça mas como um fonte de riqueza para a organização. Deve ser incentivada e encorajada. Ainda que as ideiais possam parecer absurdas, o funcionário deve ser escutado com atenção.

Surgirão muitas ideias, cada uma com o potencial de vir a ser uma fonte de energia. Talvez nem todas resultem. Se isso acontecer é importante que a equipa que as desenvolveu discuta o que aconteceu com as outras, para que o erro se possa tornar semente de sucesso, isto é, para que seja um "erro produtivo". O importante é que se incentive a criatividade porque, mais tarde ou mais cedo, surgirão boas ideias.

Quando se depara com um problema , a organização deve confiar no seu potencial humano para o resolver , não socumbindo a chamar um estranho para o fazer (Síndrome de Zorro).

"Os dirigentes deviam apoiar o talento, a imaginação e a experiência dos seus colaboradores,em vez de os tratar como campónios, condicionados a estarem sentados e aguardar por um homem de máscara que surgirá a cavalo, descendo a colina".

Administração e Liderança
As oportunidades têm que ser reconhecidas e realizadas: é aqui que é vital uma boa administração - na actuação. Os gestores têm manter o contacto com as pessoas da linha da frente porque é principalmente por elas que a opinião do público chega à organização.

"A liderança é necessária não apenas para nos restituir a força pré-recessão, mas também para nos guiar através de um mundo que continuará a mudar cada vez mais depressa: " A liderança permite à organização manter a sua energia empresarial viva ". Será essa energia que permitirá à organização adaptar-se às constantes flutuações do mercado.
É necessário que haja equilíbrio entre a administração e a liderança . Esse equilíbrio permite leva à energização dos trabalhadores permitindo que este voltem a funcionar como seres humanos.

Tal como a natureza selecciona os animais mais fortes para garantir a sobrevivência dos grupos, também a natureza assegura a sobrevivência dos líderes e dos seus seguidores.

A criação da energia empresarial
Os verdadeiros dirigentes são capazes de descobrir valores e "uma razão inspirada de ser" para a organização. Estes devem tocar o coração das pessoas e fazer com que estas queiram pertencer. Baseados neles formam uma equipa de trabalho.Será isto que fornecerá a energia que ligará os seguidores ao líder

Os sinais são aquilo que prova aos seguidores que os líderes são genuínos. É dando o exemplo que o líder obtem respeito. Por outro lado, porque nas organizações os membros tendem a seguir o comportamento dos líderes, quanto maior for a coerência entre as acções/sinais destes e os valores e visão da empresa que estes defendem, maior será a probabilidade de os seus seguidores conseguirem materializar a imagem mental que o líder lhes transmitiu. A visão do dirigente torna-se assim numa visão partilhada, um sonho partilhado.

Qualquer organização enfrenta desafios. Quando nela existe um verdadeiro líder os desafios não são evitados, antes são encarados como oportunidades a explorar. Mais, o verdadeiro líder pode encorajar o desafio. O mais importante de tudo é que lhe responda em coerência com a missão e valores da organização. Este é um dos mais fortes sinais que um líder pode enviar. Os seus seguidores mantêm e reforçam a confiança nele e o seu envolvimento na missão e valores da empresa.

A liderança é algo mítico ?
A liderança é algo que pode ser aprendido. Toda a gente nasce com algumas capacidades de liderança, no entanto nem sempre as desenvolve. O líder deve ajudar os restantes gestores a (re)descobrir a "alegria e capacidade lucrativa que advêm de uma utilização consistente das capacidades de liderança." Como a maioria das ideias criativas nascem no campo, é necessário que também lá existam líderes com capacidades para as trazer à luz do dia.

Para libertar a energia corporativa é necessário liderança e esta exige treino e acção. A criação de energia corporativa exige acção e visibilidade. Por isso tem que agir, ainda que começando por coisas pequenas, para ganhar treino. E vale a pena "a maior compensação de criar energia empresarial é que isso, por sua vez, irá criar mais energia". "Fazer bem as coisa não chega. Agora, também têm que pensar em fazer o adequado."  student.dei.uc.pt

domingo, 28 de março de 2010

CONTRATADOS PELO Q.I. DEMITIDOS PELO Q.E.

Até pouco tempo atrás, as considerações a respeito do Q.I. (quociente intelectual) das pessoas nos levou a crença de que o sucesso de nossas conquistas estava prioritariamente ligado à nossa qualificação acadêmica. Eram vistos como gênio e fadados ao sucesso aqueles que gabaritavam testes e tinham agilidade de raciocínio.

Diante dessa afirmação, por muito tempo admitimos que esse fosse o grande propósito da vida: promover a capacitação técnica, pois os mais inteligentes tornar-se-iam os principais agentes de mudança no universo corporativo. Mesmo na atualidade, quando das entrevistas de emprego, ainda é comum que aspectos como conhecimento técnico e experiência na função sejam os principais requisitos no processos de contratação profissional.

Com o passar do tempo, estudos a respeito da excelência humana, comprovaram que as pessoas com Q.I. excepcional não eram, obrigatoriamente, bem-sucedidas profissionalmente. Enquanto outras com QI Moderado, mas dotadas de determinadas competências emocionais sobressaíam-se em suas carreiras. Aspectos como empatia, autogestão, proatividade e flexibilidade passaram a pautar a condição de bem-sucedido no mercado de trabalho.

São recorrentes as queixas de empresários sobre seus colaboradores, dada a dificuldade de se relacionarem em equipe. Ouve-se muito a respeito de centralização, reatividade a críticas e postura defensiva nas empresas.

Na prática, constata-se que as empresas, cada vez mais, tentam munir-se de recursos que possibilitem antever características relacionadas ao perfil sociopsicológico de seus colaboradores e evitar contratações indevidas. Inclusive, um dos papéis do RH é buscar suporte através dos testes de aferição de perfil, que traga luz às questões referentes ao padrão comportamental e temperamento de seus futuros colaboradores.

É sabido que a contratação de um profissional desprovido de ética, respeito mútuo e disposição para atuar em conjunto pode comprometer o clima no ambiente de trabalho e provocar sérios problemas à equipe e por consequência à empresa. E não é comum ver um candidato fazer mea culpa na entrevista e confessar que não gosta de trabalhar em equipe, não digere bem críticas e muito menos alguma repreensão sobre sua conduta na empresa.

Dada a dificuldade de manter um convívio saudável nos ambientes de trabalho, são cada vez mais recorrentes casos sobre assédio moral e justa causa nas empresas, decorrentes de problemas de ordem emocional. Portanto é essencial aprender a controlar a ansiedade e impulsividade. O fato de trabalharmos expostos e sob pressão, além de muitas vezes termos de interagir com pessoas, aparentemente, tão diferentes de nós, ao longo do tempo, propicia uma animosidade por vezes desconhecidas até mesmo de nós próprios.

Independente de termos ou não razão, somos avaliados o tempo inteiro pela ótica de outras pessoas, que nem sempre comungam das nossas ideias e opiniões. Nos ajuda ter consciência de que, assim como nós, os outros também têm suas limitações, e antes de assumirmos uma postura expressa de oposição àqueles com quem trabalhamos, é preferível, em alguns casos, procurar uma oportunidade de trabalho em outro local antes de macularmos nossa reputação e credibilidade profissional.

Certo ditado fala que “não somos o que dizemos, mas o que fazemos”. Fato esse que nos leva a refletir sobre como nossas atitudes influenciam na formação da nossa imagem, pois somos constantemente avaliados por nossas ações e reações e através delas é que as pessoas formam e expressam opiniões a nosso respeito.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

Nesse contexto a única forma de nos permite conquistar a confiança de nossos colegas e chefias e certa estabilidade na empresa e pensar duas vezes antes de agir, tendo conhecimento de que, a despeito de nossas habilidades acadêmicas, são nossas decisões e forma como interagimos nas nossas relações interpessoais que pautarão o sucesso ou fracasso das nossas conquistas profissionais.

Vale ressaltar que o conhecimento técnico e especializado será sempre de fundamental importância, pois é o recurso que nos torna capazes de desempenhar as funções pelas quais somos responsáveis. Mas o desenvolvimento das competências emocionais, no longo prazo, é o que permitirá a nossa sustentabilidade pessoal e excelência das nossas relações de trabalho.

No universo corporativo, bem como nos demais segmentos da nossa vida, terão sucesso aqueles que dedicados ao seu aperfeiçoamento pessoal, com boa dose de resiliência e determinação, se adaptarem ao meio e àqueles com quem convivem. E somente a criação de um diferencial pelo desenvolvimento das habilidades emocionais nos distanciará do estigma de sermos contratados pelo Q.I. (Quociente Intelectual) e demitidos pelo Q.E. (Inteligência Emocional). Revista Época Negócios

A FÉ QUE MOVE EMPRESAS


A apoteose científica, tecnológica e virtual dos tempos modernos está provocando o surgimento de uma nova corporação dentro das corporações. Em vez de estimular o estresse, tenta-se eliminá-lo. Em vez de promover a competitividade do porteiro ao executivo número 1, procura-se dar conforto e segurança a todos. Em vez de exigir criatividade com o chicote, cria-se clima para que as pessoas encontrem, em paz, a inspiração. Um paraíso? Bem perto disso. Onda passageira ou não, algumas empresas estão recorrendo à religião - seja ela qual for - para levantar o astral cada vez mais combalido de seus empregados.

Bem acima da linha do Equador, muda o fuso horário, mas o "fenômeno espiritualista" ganha a megalomania americana. Nos Estados Unidos, meca das manias coletivas, a religião chega ao mundo financeiro, fazendo proliferar os fundos mútuos baseados na fé para atender a investidores católicos, islâmicos, luteranos, que evitam investir em indústrias de cigarros, bebidas, jogos e companhias com maus precedentes em relação ao meio ambiente, cujo volume de dinheiro aportado aos portfólios cresceu de US$ 1,2 trilhão para US$ 2 trilhões em um ano. E avança por empresas do porte da Xerox (US$ 400 milhões de faturamento), onde engenheiros durões aderem dia-a-dia aos chamados "eventos espirituais". Um deles reuniu 300 funcionários de todos os níveis durante 24 horas no deserto de New Mexico, "para se comungar com a natureza em busca de inspiração para a construção da primeira impressora-copiadora-fax digital da empresa, sob a liderança do engenheiro-chefe John F. Elter. Resultado da peregrinação: nasceu a Xerox 265DC, 97% reciclável, um sucesso retumbante . Executivos da Ford, Nike e Harley Davidson ficaram tão impressionados que foram a Rochester - sede do design da Xerox - para dar uma olhada no "milagre". Ainda nos Estados Unidos, executivos estão adotando o hábito de se reunir no café da manhã para ouvir conferências espirituais. Em Minneapolis, por exemplo, 150 executivos se reúnem mensalmente para ouvir do chefão da Medtronic In., William George, lições de negócios da Bíblia.

Uma pesquisa recente da McKinsey & Co., da Austrália, mostra que quando as companhias se engajam em projetos espirituais, a produtividade aumenta e o turn over diminui. Os trabalhadores religiosos costumam mergulhar no trabalho. Seria a religiosidade a última moda em vantagem competitiva? Que Jesus Cristo, Maomé e Xangô perdoem a "heresia", mas a resposta é sim. As rezas matinais na sede da Superbom dão resultado. "Não temos casos de brigas ou greves na empresa, todos se respeitam", diz Itamar de Paula Marques. Além dos cultos diários de 15 minutos, onde todos louvam Jesus, ouvem palavras de agradecimento pela vida e fazem pedidos de orientação para o dia de trabalho, todas às sextas-feiras o expediente termina às 13 horas, para a preparação dos fiéis para o sábado, dia sagrado para os adventistas, que começa no pôr do sol de sexta e vai até o pôr do sol de sábado. Com geléias, mel, compotas e sucos produzidos sem conservantes (a embalagem menciona a produção feita de acordo com os preceitos da igreja), a Superbom fatura R$ 15 milhões por ano e, diz seu presidente, nunca, desde 1929, quando surgiu como empresa a partir de uma escola adventista, esteve sob a ameaça de quebrar.

Foi a proteção divina? Fábio Fernandes, diretor de criação e sócio diretor da agência da publicidade F/Nazca, sem dúvida responderia sim. Religioso desde criança, ex-coroinha da Igreja de São Domingos de Gusmão, na Tijuca, no Rio, devoto de Nossa Senhora Aparecida, ele diz com segurança que tudo na sua vida acontece devido a fé. Quando a nova sede da agência foi inaugurada em julho passado, chamou um padre para benzer o lugar. Antes de apresentar uma campanha, pede ajuda a ela e ao Espírito Santo. E anda com um terço no bolso há mais de dez anos. Sua agência tem contas disputadas: Brahma, Skol, Zipnet, Garoto e Telemar. E o faturamento está nas alturas: previsão de R$ 250 milhões neste ano.

Graças à Nossa Senhora Aparecida e, claro, à competência da agência. Sempre é bom lembrar do provérbio russo que diz "reze a Deus mas continue nadando para a praia". É mais ou menos assim que Francisco José Correa Pinto, dono da empresa de decorações e revestimentos Dabila, no Rio de Janeiro, concilia sua religiosidade - ele é membro da Igreja Universal do Reino de Deus - aos negócios. "Não adianta ficar sentado rezando. Tenho que correr atrás", diz. Vai ao culto todos os dias, às 19 horas, e encara as crises como "fases do aprendizado". E garante que a fé é sua grande aliada nas horas de desespero. Correa não faz leituras e nem orações na empresa, ao contrário de Maricy Trussardi, proprietária da Romaria Empreendimentos, católica fervorosa. Duas vezes por ano, durante o horário de expediente, um padre da paróquia de Santo Amaro celebra missa na empresa. Contagiados pela religiosidade da patroa, 60 dos 140 funcionários, todos os dias, antes de sair para o intervalo do almoço, fazem uma oração conjunta ou lêem uma passagem da Bíblia. A Romaria produz 300 mil peças/ano e só Deus - além dos donos - tem acesso ao faturamento.

O fenômeno da religiosidade parece ser um reflexo das mudanças no mundo dos negócios. As pessoas estão trabalhando mais - o equivalente a um mês a mais cada ano, em comparação com uma década atrás. Comem na empresa, fazem ginástica na empresa, namoram e casam na empresa e é ali que sofrem diariamente pressões de todos os tipos, além de conviver com a ameaça do desemprego. Nesse clima perverso, uns se apegam à religião; outros trocam empregos milionários por qualidade de vida, realização pessoal, essas coisas que a maioria sonha e uma minoria realiza. "Mais e mais pessoas buscam o caminho da espiritualidade em busca de ajuda para enfrentar tudo isso", diz um consultor americano que tem como clientes Goldman Sachs, Sun Microsystems e Ford. Dez anos atrás seria impossível imaginar a existência de grupos de oração na multinacional de consultoria Deloitte & Touche. Seria quase ridículo, segundo os padrões da época. Hoje, além da pasta e do laptop, carrega-se a fé para o escritório. Para as empresas, esses programas espirituais não representam apenas um esforço para acabar com o estresse dos empregados, mas sim para liberar a produtividade. O que, para os críticos, é outra fantasia de administração, algo como a onda de soluções japonesas para aumentar a produtividade dos empregados e o lucro dos patrões. Pelo sim pelo não, tudo indica que, nestas alturas, rezar, se não for o melhor remédio contra as pressões, alivia. No mínimo, enquanto você reza estará livre de explodir e falar tudo o que sempre quis e nunca teve coragem, correndo o risco de perder o emprego. O momento não permite essa extravagância.  Revista Isto É DInheiro

ESPIRITUALIDADE NAS EMPRESAS

Todos os dias, quando chega ao trabalho, em São Paulo, o consultor Gutemberg B. de Macedo percorre os quatro cantos do escritório ainda vazio. Em silêncio, reza e pede a Deus que o ajude na missão de orientar executivos na busca de uma recolocação no mercado. No fim do expediente, quando todos já se foram, ele volta a caminhar pela empresa. Agradece por mais um dia e faz um pedido especial: que aqueles talentos que passaram pelo seu programa de outplacement consigam encontrar rapidamente o emprego de que necessitam. "Isso aqui é o meu ministério", diz. "Você não consegue manter o ânimo de um profissional que acabou de ser demitido apenas com teoria gerencial. É preciso oferecer um suporte espiritual às pessoas para que saiam da minha sala melhor do que quando entraram."

Macedo é formado em direito, mas o diploma de que mais se orgulha ter conquistado é o de Master of Divinity, mestrado em teologia concluído em 1971 no Seminário Teológico da Fé, na Filadélfia, Estados Unidos. Ele, no entanto, não faz pregações no dia-a-dia. Sua verdadeira filosofia de vida é agir no trabalho de acordo com os valores que sua religião professa: respeitar as pessoas, contribuir para o desenvolvimento profissional delas, ajudar as que necessitam de apoio. "Aqui não se fala em religião, mas em princípios", afirma. O consultor acredita que seja importante todos os profissionais prestarem atenção no tema. E a razão é simples: as empresas estão cada vez mais buscando gente espiritualizada. É claro que uma sólida formação acadêmica é fundamental, mas para algumas companhias apenas isso já não basta. Elas querem que seus funcionários tenham também preceitos morais sólidos, desejo de servir ao próximo, obstinação em liderar equipes com justiça e vontade de transformar a organização num ambiente agradável e fraterno. Em resumo: querem indivíduos que busquem no trabalho um sentido maior e mais profundo do que simplesmente um meio de sobrevivência.

Para o consultor Alkíndar de Oliveira, diretor executivo da Escola de Líderes, as empresas só têm a ganhar agindo dessa forma. Segundo ele, não há dúvida de que os funcionários espiritualizados são mais produtivos que os outros. Para defender sua tese, ele lembra o resultado da pesquisa feita pelo Laboratório Bell, nos Estados Unidos, citada por Daniel Goleman em seu livro Inteligência Emocional. De acordo com o levantamento, os funcionários mais produtivos não eram os mais inteligentes ou os que possuíam currículos brilhantes, mas aqueles que exibiam maior capacidade de se relacionar com os outros e de não sucumbir a conflitos ou crises. "Essas qualidades tendem a estar presentes nas pessoas mais espiritualizadas", afirma Oliveira.

Falar em espiritualidade dentro das organizações pode parecer absurdo à primeira vista. Afinal, todos dentro de uma organização têm o compromisso de gerar lucro -- e não há nada mais terreno do que isso. Mas, para alguns especialistas no assunto, a questão é que atingir esse objetivo pode ser extremamente mais difícil sem a espiritualização das pessoas. O rabino Nilton Bonder, vai mais longe. Para ele, investir na espiritualidade é uma questão de sobrevivência. Bonder é líder espiritual da Congregação Judaica do Brasil e graduado em engenharia mecânica pela Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Nos últimos anos, tem viajado pelo mundo fazendo palestras em grandes corporações. O curioso é que os convites para esses eventos são quase sempre vagos, pois as organizações não conseguem definir com exatidão o que realmente desejam de um líder espiritual como ele. Mas elas sabem, segundo o rabino, que precisam de ajuda. Sentem que seus funcionários não estão interessados apenas em valores materiais e que buscam um sentido maior para a vida. De uma hora para a outra eles começaram a se questionar: para que, afinal, trabalhar 12 ou até 14 horas por dia? Vale a pena sacrificar a família pela empresa? Aonde essa correria vai levá-los?

É importante ressaltar que a espiritualidade não deve ser encarada como religiosidade, mas como uma ação provocada por ela. Uma das melhores definições é a apresentada por Leonardo Boff  "A espiritualidade não é monopólio das religiões. É uma dimensão de cada ser humano. Essa dimensão espiritual que cada um de nós tem se revela pela capacidade de diálogo consigo mesmo, se traduz no amor, na sensibilidade, na compaixão, na escuta do outro, na responsabilidade e no cuidado como atitude fundamental. É alimentar um sentido profundo de valores pelos quais vale sacrificar tempo, energia e, no limite, a própria vida".

Inúmeras empresas nos Estados Unidos já tratam do tema com naturalidade. Na Service Master Industries, por exemplo, a diretoria definiu, por ordem de importância, seus quatro princípios básicos, e os divulgou por toda a companhia: honrar a Deus em tudo o que fizerem, ajudar as pessoas a se desenvolver, perseguir a excelência e, por último, aumentar a lucratividade. "A companhia americana percebeu que era preciso promover uma inversão de valores", afirma o consultor Alkíndar de Oliveira. "Antes, as empresas colocavam em primeiro lugar os acionistas, depois os clientes e por fim os funcionários. Hoje, elas estão descobrindo que é mais fácil satisfazer acionistas e clientes se os funcionários estiverem em primeiro lugar." É claro que, embora distintas, espiritualidade e religiosidade andam muito próximas -- algumas vezes até de mãos dadas. Na Companhia Energética Santa Elisa, sediada em Sertãozinho, em São Paulo, elas se confundem. A empresa construiu uma capela em suas dependências para realizar missas, batizados e até casamentos. No início e no fim da safra de cana-de-açúcar, um padre percorre as instalações e benze maquinários e funcionários, que também podem recorrer ao atendimento espiritual durante todo o ano. Vários deles participam de grupos de orações dentro da companhia. "Respeitamos todas as religiões e estimulamos as pessoas a ter fé", afirma Rosmary Delboni Ortolan, diretora de recursos humanos. "Só pessoas felizes trabalham bem." 

Na Superbom, tradicional empresa de alimentos, com fábricas em São Paulo e em Santa Catarina, os funcionários se reúnem às 7 horas da manhã diariamente para a leitura de um texto religioso. Durante 15 minutos, no horário de expediente, eles meditam sobre o que acabaram de ouvir. O diretor-geral, Itamar de Paula Marques, está sempre presente. "O resultado é um clima interno muito bom", diz Jair Helfenstens, gerente de recursos humanos. "Há também uma equipe de evangelização que utiliza nossas instalações e oferece apoio espiritual e estudos bíblicos aos interessados." Os funcionários, se desejarem, podem receber a visita desses colegas em casa. A Superbom, que pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia, promove ainda, anualmente, a Semana da Oração, quando, durante uma hora por dia, são realizados trabalhos e estudos religiosos.

Não é preciso, no entanto, acreditar necessariamente em Deus para que uma pessoa seja considerada espiritualizada. É uma questão de atitude. "Conheço ateus mais espiritualizados que pessoas religiosas que propagam sua crença a todo momento", diz a escritora Rosa Maria Jaques, autora do livro Paranormalidade - O Elo Perdido (editora Ground, 174 páginas, R$ 18,00). Rosa já fez palestras sobre o tema no Congresso Nacional e até na Universidade de Brasília. "Inúmeras pessoas falam em igualdade, só que no cotidiano discriminam e humilham os colegas. Indivíduos espiritualizados não praticam atos contraditórios como esses, pois são sempre justos e equilibrados."

sexta-feira, 19 de março de 2010

ILUMINANDO O CÉREBRO

Em 1937 o grande neurocientista sir Charles Scott Sherrington da University of Oxford, expôs o que viria a se tornar uma descrição clássica do cérebro em funcionamento. Ele imaginou pontos de luz sinalizando a atividade das células nervosas e suas conexões. Segundo ele, durante o sono profundo somente umas poucas partes remotas do cérebro brilhariam, dando ao órgão a aparência de um céu de noite estrelada. Mas ao despertar, “é como se a Via Láctea iniciasse uma verdadeira dança cósmica”, ele pondera. “Rapidamente a massa encefálica se transforma num tear encantado, onde milhões de agulhas cintilantes tecem um padrão dissolúvel –, mas nunca durável; uma verdadeira harmonia de padrões secundários alternantes.”

Embora Sherrington certamente não tenha percebido à época, sua metáfora poética abrigava um conceito científico importante, ou seja, revelava o funcionamento interno do cérebro através da óptica. A compreensão do modo como os neurônios cooperam para elaborar pensamentos e comportamentos permanece um dos problemas sem solução mais complicados da biologia no sentido amplo, principalmente porque os cientistas em geral não podem ver os circuitos neurais em ação.

Como os computadores, o sistema nervoso funciona a eletricidade; os neurônios codificam informações em sinais elétricos, ou em potenciais de ação. Esses impulsos, com tensões menores que um décimo de uma pilha AA, induzem uma célula nervosa a liberar moléculas neurotransmissoras que então ativam ou inibem células conectadas num circuito.

Todas as células de uma pessoa contêm os mesmos genes, e o que distingue duas células entre si são as diferentes combinações de genes, ativados e desativados, em cada uma delas.

Recentemente pesquisadores listaram outras proteínas fotossensíveis, como a melanopsina, encontradas em células especializadas da retina que ajudam a sincronizar o ciclo circadiano com a rotação da Terra, como sendo acionadores. E o esforço conjunto de Georg Nagel do Instituto Max Planck de Biofísica em Frankfurt, Karl Deisseroth da Stanford University e Stefan Herlitze da Case Western Reserve University demonstraram que outra proteína, chamada canal-rodopsina 2 – que orienta os movimentos das algasestá apta a esta função. Há também uma variedade de acionadores codificados geneticamente que podem ser controlados via substâncias fotossensíveis sintetizadas por nós e por Isacoff e seus colegas da U. C. Berkeley, Richard H. Kramer e Dirk Trauner.

Descobrimos um interruptor genético que está sempre ativo nos dois neurônios de comando, e em nenhum outro – e um outro interruptor que fica ativo em neurônios do padrão gerador, mas não nos neurônios de comando.  Foi como transmitir uma mensagem pelo rádio para uma cidade com 150 mil residências, sendo que um número reduzido delas possuía o sintonizador necessário para decodificar o sinal, que ficou inaudível para as restantes.

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ELETRICIDADE DO CORPO HUMANO


Nossos neurônios estão continuamente passando seus sinais elétricos por todo o cérebro. Essas centelhas espalham-se através da superfície do cérebro como as ondas formadas por urna pedra jogada na água. Se esses sinais elétricos fossem faíscas todo o cérebro cintilaria sem parar, mesmo durante o sono.

Embora muito fracos, os sinais elétricos do cérebro podem ser medidos, mesmo através do crânio e da pele, com o auxílio de um aparelho especial. Para isso colocam-se fios na pele que captam os sinais e os transmitem para o aparelho. Ele, então, registra as correntes elétricas geradas no cérebro em forma de gráfico em uma fita de papel. Esse gráfico é chamado de eletroencefalograma - EEG.

Um EEG mostra que os sinais elétricos não são continuamente produzidos pelo cérebro, mas surgem em erupções curtas e regulares. Isso produz um padrão no EEG como uma série de ondas, chamadas "ondas cerebrais".

As ondas cerebrais mostram que o cérebro está sempre em atividade, mesmo quando estamos dormindo. O cérebro adormecido produz ondas grandes e vagarosas. Quando estamos acordados, mas relaxados, as ondas cerebrais são muito rápidas e menores. Atividades ou pensamentos profundos produzem ondas agudas e denteadas.

Durante as operações cerebrais é possível medir a eletricidade cerebral muito mais precisamente. Os médicos aprenderam a função exata de algumas partes do cérebro medindo a eletricidade produzida em sua superfície quando, por exemplo, um dedo é picado ou uma perna é movida.

As medições têm sido usadas para produzir "mapas" do córtex. As ondas cerebrais mostram que o cérebro está sempre em atividade, mesmo quando estamos dormindo. O cérebro adormecido produz ondas grandes e vagarosas. Quando estamos acordados, mas relaxados, as ondas cerebrais são muito rápidas e menores. Atividades ou pensamentos profundos produzem ondas agudas e denteadas.

Durante as operações cerebrais é possível medir a eletricidade cerebral muito mais precisamente. Os médicos aprenderam a função exata de algumas partes do cérebro medindo a eletricidade produzida em sua superfície quando, por exemplo, um dedo é picado ou uma perna é movida. As medições têm sido usadas para produzir "mapas" do córtex.

A atividade elétrica dos neurônios não tem lugar apenas no cérebro. Os nervos espalham-se pelo corpo todo desde o alto da cabeça até a ponta dos dedos dos pés. São feixes de axônios, ou fibras nervosas, dividindo-se e tomando-se mais finos quanto mais afastados estão do cérebro ou da medula espinhal.

Os corpos das células dos neurônios estão agrupados na massa cinzenta, na superfície do cérebro, na massa cinzenta similar, na parte interna da medula espinhal, e em pequenos nódulos chamados gânglios, perto da coluna vertebra

As mensagens dos órgãos dos sentidos, situados nos olhos, nariz, ouvidos e boca, dos órgãos do tato, espalhados por toda a superfície do corpo, e até mesmo em alguns órgãos internos, chegam ao cérebro através do sistema nervoso. Os neurônios que carregam essas mensagens para o cérebro são chamados neurônios sensoriais. Outros sinais passam do cérebro e da medula espinhal de volta para todo o corpo, sendo carregados pelos chamados neurônios motores.

Os sinais passam ao longo de todo o sistema muito rapidamente, mas não tão depressa quanto em um circuito elétrico normal. Leva um certo tempo para os sinais serem carregados através da sinapse pelas substâncias químicas transmissoras. Por esta razão os axônios dos nervos são imensamente compridos de maneira que a mensagem possa ser levada tão rápido quanto possível, sem ser retardada por sinapses desnecessárias.

É difícil perceber como podem ser complicadas as conexões das células nervosas. Os terminais das ramificações de um axônio não apenas tocam a célula mais próxima mas podem também estar em contato com outras 50.000 células ou mais. Sabemos que as mensagens passam de um neurônio para o seguinte na rede de células e que sinais repetidos geralmente passam pelo mesmo caminho. Se queremos dizer a palavra "cérebro", as instruções para a fala vêm do cérebro e passam ao longo de uma série de caminhos especiais. Se queremos dizer "cérebro" em voz mais baixa ou mais alta os músculos da caixa da voz (laringe) devem ser instruídos para se moverem de maneiras diferentes; então, as mensagens devem passar por caminhos diferentes.

O cérebro pode selecionar diferentes conjuntos de caminhos para obter resultados semelhantes. Por causa dessa habilidade, as pessoas podem, muitas vezes, sobrepujar danos cerebrais, aprendendo a usar partes diferentes do cérebro para duplicar as funções das partes prejudicadas.

Isso é importante para nós, porque, ao contrário de outras células do corpo, as células do cérebro não podem crescer ou regenerar-se depois do nosso nascimento. Células cerebrais estão morrendo a cada minuto, mas temos as remanescentes tomando o seu lugar e geralmente não notamos qualquer efeito prejudicial.
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ELETRICIDADE HUMANA

O corpo humano é composto de 64% de solução salina chamada na medicina de "soro fisiológico" eletrolítica" que em contato com as células nervosas, gera bioeletricidade química.

A cada batida do nosso coração (pulsação) produz-se uma corrente de um ciclo por segundo de um watt de potência elétrica dissipada.

A potência elétrica e a resistência do corpo humano variam de um individuo para outro: dependem da constituição orgânica das células e da condutibilidade do corpo.

Dessa maneira verifica-se que o ser humano é uma máquina elétrica! Somos constituídos dos mesmos elementos do Universo: moléculas, átomos, prótons, nêutrons e elétrons.

Matéria e Energia são a mesma coisa: matéria é a condensação da energia; energia é a desintegração da matéria.

Segundo Einstein, todo corpo em virtude da sua constituição atômica, possui um campo de energia eletro magnética (aura do ser humano), fotografável pela câmara de Kirlian. O sistema nervoso constitui a rede de distribuição elétrica e as células são os semicondutores, funcionando à semelhança dos diodos e transmissores.

A bioeletricidade pode ser detectada através do eletrocardiograma e do eletro-encefalograma. A tensão eletrostática gerada durante as 24 horas do dia pode ser medida por meio de um sensível voltímetro eletrostático.

Para medi-la, o individuo pisa numa placa metálica na qual se liga o eletrodo negativo no voltímetro com a mão segurando firmemente no eletro do positivo. O instrumento deverá acusar leituras que variarão de 5.000 a 20.000 volts eletrostáticos.

A resistência do corpo humano pode ser medida facilmente pelo aparelho chamado "ohmimetro". Conforme foi dito acima, tanto a tensão eletrostática como a resistência do corpo humana varia de individuo para individuo e, assim sendo o instrumento poderá indicar leituras que variam de 500 a 500.000 ohms de resistência à corrente elétrica.

A condutibilidade do corpo humana varia com as características da pele, pele seca alta resistência, pele úmida baixa resistência. Analogamente, como se passa nos isoladores e condutores de eletricidade, o corpo humano acumula eletricidade quando a resistência é alta e descarrega eletricidade com facilidade quando a resistência é baixa. Felizmente a pele seca pode ser tratada com vitaminas adequadas que a medicina conhece.

Os indivíduos que acusavam alta resistência elétrica e alta tensão eletrostática não devem trabalhar com materiais altamente inflamáveis tais como petróleo, álcool, gás liquefeito ou pólvora. Não devem penetrar em salas operatórias de hospitais onde existe atmosfera contendo substancia anestésica a fim de não produzir explosões espontâneas.

Os incêndios e explosões verificados espontaneamente em ambientes contendo substancia altamente inflamáveis são causados pelas faíscas de alta voltagem eletrostática dos indivíduos que não conseguem escoar normalmente, o excesso de carga elétrica acumulada no seu corpo devido à má condutibilidade da sua pele

O excesso deve escoar normalmente através dos cabelos e dos pés da mesma forma como acontece com as descargas elétricas atmosféricas. Quando há excesso de eletricidade acumulada nas nuvens, a tensão elétrica rompendo a resistência do ar descarrega-se para a terra sob a forma de faísca elétrica.

Quando o excesso de carga elétrica é na terra, ela se escoa para a atmosfera através dos picos das montanhas, pontos de mastros, agulhas das torres das igrejas e pelos pontos dos pára-raios, sob a forma de fogo ("Fogo de São Telmo", designação dada pelos marujos do século XVII). Em eletrotécnica chama-se "eflúvio", devido ao poder elétrico das pontas.

Dessa maneira, o planeta mantém o seu equilíbrio elétrico. O ser humano também tem necessidade de manter o equilíbrio elétrico do seu corpo da mesma maneira como faz o planeta. Ambos são regidos pela mesma lei elétrica. O ser humano é também uma estação de rádio, irradiando som e imagem a semelhança da televisão. Tendo a sua fonte de energia própria, ele é capaz de modular através do seu pensamento irradiar simultaneamente, ondas eletromagnéticas contendo sinais de som e imagem.
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quinta-feira, 18 de março de 2010

ELETRICIDADE DOS JOELHOS

Cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, desenvolveram um equipamento capaz de gerar energia a partir do movimento dos joelhos. O aparelho utiliza o mesmo princípio de captura de energia regenerativa, atualmente utilizado nos veículos híbrido-elétricos para gerar energia para as baterias a partir da energia gasta para frear o veículo.

Os freios regenerativos utilizam a energia cinética que seria desperdiçada como calor à medida em que o carro diminui de velocidade. A nova braçadeira para o joelho captura a energia perdida quando o joelho funciona como uma espécie de freio - isso acontece quando a pessoa projeta a perna para a frente para dar um novo passo."Há energia para ser capturada em vários lugares do corpo, e você pode usá-la para gerar eletricidade. O joelho é provavelmente o melhor lugar," explica Arthur Kuo, um dos autores do projeto. "Durante o andar, você dissipa energia em vários pontos, quando seu pé toca o solo, por exemplo."

A joelheira geradora de energia exige menos de um watt de energia metabólica extra do seu usuário, para cada watt de eletricidade gerada. Segundo os pesquisadores, uma lanterna acionada manualmente requer 6,4 watts de energia metabólica para gerar 1 watt de eletricidade.

Mas os pesquisadores afirmam que o protótipo ainda é pesado e que o rendimento poderá ser melhorado, tendo quase nenhum impacto sobre o caminhante depois que ele tiver sido totalmente desenvolvido www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 16 de março de 2010

ELETRICIDADE ATRAVÉS DAS CELULAS

Detalhes moleculares de uma "bateria" constituída
por múltiplas proteínas, e "fios" que geram
e conduzem a eletricidade biológica
[Imagem: UMinnesota]

Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, obtiveram a primeira imagem molecular de um sistema biológico que movimenta os elétrons entre as proteínas nas células.

A conquista é bem mais do que um avanço para a biologia, podendo fornecer informações que poderão ser úteis para minimizar a perda de energia em sistemas elétricos artificiais que vão dos dispositivos em nanoescala, como os transistores eletrônicos, até a transmissão de eletricidade pelas redes nacionais de distribuição de energia.

"A evolução tem ajustado a transmissão de eletricidade nos organismos por muito mais tempo do que os humanos a utilizam," afirma Carrie Wilmot, que coordenou a pesquisa.

"Nós podemos aprender um bocado com a natureza sobre como usar a eletricidade de forma mais eficiente. Esta nova visão de como o corpo usa a energia elétrica poderá permitir que a nanotecnologia reduza ainda mais os circuitos eletrônicos, bem como aumentar a eficiência das redes que fornecem energia para as residências e as empresas," prevê Wilmot.

Embora não dependamos de uma tomada ou de baterias para funcionar, a energia gerada pelo movimento intracelular dos elétrons é a fonte de energia fundamental que permite que os seres humanos existam

Conforme os elétrons se movem no interior das células, a energia é canalizada para criar moléculas complexas, como proteínas e DNA. A chamada bioeletricidade está na base dos elementos fundamentais que permitem que os organismos cresçam, sobrevivam e armazenem energia.

As imagens feitas pela equipe de Wilmot, obtidas por meio de cristalografia de raios X, garantirão um avanço significativo nos esforços para entender melhor todos esses processos vitais

"Visualizar a estrutura cristalina do complexo sistema celular de transferência de elétrons é como estar atrás do palco em um show de mágica," comentou Vernon Anderson, do Instituto Nacional de Ciências Médicas dos Estados Unidos. "Nós sempre sabemos que há um truque, mas agora o grupo de Wilmot conseguiu uma visão única de como esta extraordinária façanha química é realizad

A pesquisa apresenta resultados que se enquadram bem na classificação clássica de ciência básica. Contudo, a manipulação de elétrons em sistemas artificiais ocorre em dimensões cada vez menores conforme os circuitos ganham em miniaturização, o que a torna diretamente afeta também à tecnologia.

Os resultados são extremamente interessantes para inúmeras aplicações práticas e com possibilidades de uso imediato nas diversas tecnologias que se unem para formar não apenas o campo altamente interdisciplinar da nanotecnologia, mas mais especificamente, a microeletrônica, a fotônica, a plasmônica e outras.Site Inovação Tecnológica

SOMOS SERES DE LUZ BIOPHOTONS

Ilustração esquemática da instalação experimental que encontrou no corpo humano, especialmente o rosto, emite luz visível em pequenas quantidades que variam durante o dia. B é um dos assuntos de teste. As outras imagens mostram o fraco emissões de luz visível em condições totalmente escuro. O gráfico corresponde às imagens e mostra como as emissões variaram ao longo do dia. A última imagem (I) é uma imagem infravermelha mostrando as emissões de calor. Crédito: Universidade de Kyoto; Tohoku Institute of Technology; PLoS ONE

Relatórios sobre a investigação mostram que a luz de nossos corpos realmente emitem.Claro que os níveis são muito baixos, por isso não podem ser detectados a olho nu.

Esta pesquisa revela um pequeno insight sobre os mistérios da vida que nós não entendemos completamente. A medicina da energia está começando a explorar essas áreas, no entanto é preciso estar aberto às possibilidades.

"Essa energia é distribuída através de seu corpo ao longo dos meridianos específicos, e quando os pontos em sua pele que correspondem a determinados meridianos são manipulados, a circulação de energia e seus órgãos internos são afetados".

O termo "medicina energética" e de modalidades como o meridiano técnicas escutas tornaram-se cada vez mais generalizada, embora a medicina convencional ainda em grande parte ignora. Seu corpo também é cercado de luz, ou energia.

Muitos especialistas em saúde natural acreditam que seu corpo não é só feito de tecidos, vasos sanguíneos e órgãos. É também composto de energia, ou chi, como é chamado na medicina chinesa tradicional (TCM).

O seu corpo emite luz que é 1.000 vezes menos intensa do que aquilo que seus olhos vê. (Algumas pessoas, no entanto, são capazes de ver esta luz emitida ou "aura", e algumas podem até mesmo distinguir as cores.)

O que é realmente interessante sobre este estudo é que descobriram essas emissões de luz parecem estar relacionadas com o relógio do corpo e as variações rítmicas do seu metabolismo ao longo do da y.

Isto sugere que poderá detectar problemas de saúde com o uso de câmeras de luz altamente sensível. "Se você pode ver o reflexo da superfície do corpo, você poderia ver a condição de corpo inteiro", disse o pesquisador Hitoshi Okamura, biólogo circadiano da Universidade de Kyoto, no Japão.

Há outros dispositivos que podem realizar uma façanha semelhante já, como o rastreio electrodermal, que mede a resistência elétrica da pele para obter informações sobre o seu fluxo de chi.

Se um rastreio electrodermal considera que certos pontos meridianos estão fora de equilíbrio, existem inúmeras formas não invasivas, como a massagem terapêutica, fitoterapia e homeopatia, para trazê-los de volta para a homeostase. Seu Biophoton campo é a chave para sua saúde Outros têm explicado a existência de luz e energia em torno de seu corpo, em termos de um campo biofóton ".

Dr. Dietrich Klinghardt discute os Cinco Níveis da Cura, que é baseado em um modelo desenvolvido cerca de 12.000 anos atrás. Este modelo energético para a saúde influenciou a medicina tibetana, a medicina chinesa tradicional (TCM), e da medicina ayurvédica também. A existência do campo biofóton foi comprovada cientificamente pelo Dr. Fritz-Albert Popp, em 1974. 

Em termos muito simplistas, o seu campo biofóton pode ser visto como um computador altamente sofisticado que processa, armazena e recupera informações que depois é usado para regular os processos biológicos.

É conhecido na biologia que todas as células do seu corpo tem mais de 100.000 reações bioquímicas por segundo, que deve ser cuidadosamente cronometradas e seqüenciado com os outros. Muitos (principalmente europeus), os cientistas têm investigado o princípio de organização por trás dessa dança sofisticada.

Sua saúde física é dependente não só do que se passa dentro do seu corpo, mas também está interligada com e dependente de outros níveis de física de energia, como a energia em volta de seu corpo, chamado de campo biofóton.

Dr. Popp também provou que biophotons provenientes de seu DNA são laser-como na natureza. Ele desenvolveu a teoria biofóton para explicar o seu papel biológico e as formas em que elas ajudam a controlar os seus processos bioquímicos.

O DNA dentro de cada célula no seu corpo vibra em uma freqüência de vários bilhões de hertz (que é infelizmente o mesmo intervalo em que modernos sistemas de comunicação celular também funciona).

Essa vibração é criado através da bobina, como contração e extensão do seu DNA - que ocorre vários bilhões de vezes por segundo - e cada vez que os contratos, a espreme um biofóton único; uma partícula de luz.

Fóton que contém todas as informações sobre tudo o que acontece em seu DNA, naquele momento. Um único biofóton pode transportar mais de quatro megabytes de informação, e essa informação aos outros biophotons cruza na área biofóton fora do seu corpo.

Todos os fótons que são emitidos a partir do seu corpo comunica uns com os outros nesta matéria altamente estruturada de luz que rodeia o seu corpo.

Este campo de luz também regula a atividade de seu enzimas metabólicas. Isto corresponde perfeitamente com as conclusões do estudo acima referido, que mostram o seu campo de luz fluxos e refluxos, juntamente com o seu ritmo metabólico.

A transferência de informação sobre biophotons é bidirecional, o que significa que seu DNA envia informação para fora em um fóton, e sobre o fóton mesmo as informações de todos os biophotons de seu corpo é transmitido de volta para suas células, e para o seu tubulina, que são moléculas de luz condutora no seu tecido conjuntivo.

A tubulina, por sua vez, recebe as informações de transporte de impulso de luz e que conduz à velocidade da luz por todo seu corpo, onde é traduzida no interior de cada célula para ativar ou inativar certas enzimas metabólicas.

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domingo, 14 de março de 2010

MEDICINA HOLISTICA

Segundo os historiadores, as primeiras referências a uma medicina de inspiração holística datam de muitos milênios antes de Cristo. No ano de 1822 de nossa era conseguiram decifrar alguns papiros que contavam a história dos grandes feitos daquele tempo.
Havia um nome considerado sagrado pelos egípcios chamado Imhotep. Há cerca de 10 mil anos atrás ele teria construído as primeiras pirâmides e lançado as bases de um conhecimento que ainda hoje é misterioso para nós. Sua ciência abarcava estudos sobre a consciência, astrologia, medicina, arquitetura, física, matemática e biologia. Sua concepção da vida correspondia ao que hoje chamamos de holismo.

A alta tecnologia desenvolvida nessas construções somente hoje começa a ser descoberta, graças à física quântica. Séculos mais tarde Imhotep passou a ser conhecido como Hermes Trismegisto, o três vezes sábio. Os gregos o chamaram de Esculápio, depois de Asclépio, e ele passou a ser associado à cura, por ter introduzido um método mais racional e eficaz para lidar com as doenças. Por isso foi chamado de Pai da Medicina moderna.

Suas idéias são extremamente avançadas e isto ficou demonstrado após a descoberta de um importante papiro chamado Edwin Smith, datado de 1.600 aC., que faz referência a tratamentos cirúrgicos, conhecimentos de anatomia, terapêutica estética e de rejuvenescimento, entre outros.

Conta-se que o Egito conheceu muita perfeição e estabilidade social, graças à harmonia existente entre a ciência, a magia e a religião. Magia é uma palavra que tinha o significado de “alta sabedoria”. Sua raíz “mag”, em aramaico, quer dizer “grande sacerdote, sábio”. Isso significa que a magia era sinônimo de sabedoria, e muitos conhecidos filósofos gregos foram se abeberar nas fontes da “magia” egípcia. Entre eles, Pitágoras, Hipócrates, Platão e muitos outros.

A cosmovisão egípcia da medicina se baseava no conceito de cura natural. Dentre os métodos que eram utilizados, havia o uso terapêutico da energia solar, o uso de água solarizada em vidros cromatizados e o uso de pedras preciosas para a cura de doenças. Segundo a famosa Tábua de Esmeralda, onde foram registrados os ensinamentos do sábio Hermes Trismegisto, o corpo humano era constituído de nove corpos sutis, e esta concepção original da constituição humana demonstrava que eles sabiam da existência da energia e mais ainda, sabiam como fazer uso dela.

Graças a esse reconhecimento das origens da arte de curar, até hoje existe um juramento que se faz nas formaturas dos novos médicos, em nome de Apolo, o deus grego da cura e de Esculápio, o Imhotep dos egípcios. Na tradição médica ocidental existe o Caduceu, o símbolo do cetro de Toth, deus egípcio da sabedoria, que foi adotado também como símbolo da Medicina.

Conta-se que Thot, (que é o mesmo que Hermes) reuniu em diversos livros todo o conhecimento existente sobre matemática, música, arquitetura, dança, geometria, astronomia e a medicina de sua época e das eras anteriores. O Caduceu, originariamente, representava duas serpentes enroladas, sendo uma branca e a outra negra, evocando um movimento ascendente dos contrários. Este símbolo evoca o movimento da energia no corpo, ao longo da coluna dorsal, em direção à cura ou à salvação. Lembrando que saúde é uma palavra de origem latina que significa “estar salvo” (saluus, salvus). Infelizmente, com o tempo, fomos perdendo esse significado, restando para nós apenas a idéia de que saúde é ausência de doença

Mais próximos de nossa era cristã, foram descobertos textos no Mar Morto que fazem referência a antigos terapeutas que viviam na Alexandria, e percorriam o deserto cuidando de pessoas doentes e aflitas. Os relatos do judeu Fílon, que foi contemporâneo de Jesus, revelam que a prática desses Terapeutas do deserto se pautava por uma antropologia holística, na qual o ser humano era percebido uno, em sua multidimensionalidade de corpo, mente, alma e espírito. Por isto, a tarefa principal desses médicos era “cuidar do ser”, não dividindo a dimensão espiritual dos cuidados com o corpo, como é de costume em nossa cultura. Aliás, o termo grego “Therapeutes” possui dois sentidos muito próximos, que é o de servir ou render culto, e tratar, cuidar.

Na época desses antigos Terapeutas do deserto, a Alexandria era um espaço cultural de grande riqueza e troca de conhecimentos. Por seus templos passaram muitos filósofos de outras culturas e tradições em busca de ciência e sabedoria.

Depois de ter sofrido a barbárie de invasões e incêndios criminosos, houve uma evasão do conhecimento do Egito para a Grécia, graças aos inúmeros filósofos gregos que havia passado pela famosa Escola de Medicina de Heliópolis, e pela Escola Ginecológica de Saís. Lá, aprendiam com os sacerdotes egípcios a arte médica, e com as parteiras, os conhecimentos tradicionais práticos de ginecologia. Eram muito utilizados os banhos de sol, o que demonstra que o poder terapêutico e bactericida da energia solar eram bem conhecidos entre eles.

Hipócrates teve, durante séculos, um templo dedicado à cura de todos os males, chamado Epidaurus. Lá praticavam métodos que hoje são usados em modernos Spas, como banhos de ervas, massagens terapêuticas, exercícios físicos, relaxamento, fitoterapia e, junto a tudo isso, a interpretação de sonhos pelos oráculos, como na moderna Psicanálise. O relato dessas curas fantásticas ainda pode ser visto nas colunas de mármore das ruínas do templo de Hipócrates, em Epidaurus

De tudo isso podemos entender que a medicina holística, cujos princípios estamos começando a aplicar de forma mais consistente e sistemática hoje, fazia parte da visão de mundo de nossos antepassados. Teria sido esse o ‘segredo’ para a conservação da paz, do patrimônio sócio-cultural e espiritual dos povos egípcios durante milênios?

Dessa medicina holística fazem parte todos os sistemas de cura que estimulam a saúde, e não a preocupação com os diagnósticos, ou com as doenças. Os cuidados com a alimentação da Tradicional Medicina Chinesa, os exercícios físicos da Yogaterapia, o equilíbrio energético da acupuntura e outros, focam na pessoa inteira em recuperação, e não somente num ou noutro órgão afetado. Esta visão integrada torna as pessoas mais responsáveis e atuantes na promoção de sua saúde, estimulando a autonomia e a independência do paciente. Este é o verdadeiro significado de saúde: ser salvo de um estado de passividade e dependência em relação a outro, aos remédios, às intervenções externas, para assumir sua essência e missão no mundo. somostodosum.ig.com.br

CIENTISTAS DESCOBREM O INESPERADO PODER DA MÚSICA

Mais de sete mil corredores de uma meia-maratona que ocorreu em Londres, no Reino Unido, no início de outubro, estavam sob o efeito de um poderoso estimulante para aumentar a performance: a música pop.

Pesquisadores identificaram que algumas trilhas sonoras podem ser até mais poderosas e eficientes para o desempenho de atletas do que substâncias ilegais que são encontradas com freqüência em exames antidoping.

Segundo Costas Karageorghis, consultor de psicologia do esporte da Universidade de Brunel, na Inglaterra, e autor da pesquisa, para avaliar os competidores, uma canção foi tocada eventualmente durante o percurso de 20 km por 17 vezes.

Quando a intensidade física começa a diminuir é o momento em que os efeitos se tornam mais eficazes, de acordo com o especialista.  Por isso, os participantes não escutaram a canção constantemente.

Em entrevistas ao final da corrida, os competidores consideraram o procedimento muito divertido e inspirador. Apesar da forte chuva e do vento, Karageorghis identificou que a música traz uma motivação extra aos atletas, mesmo que alguns não esteja participando do evento de forma coesa. "A necessidade psicológica de obter algo satisfatório estimulou os competidores a criar um elo comum com a meia-maratona", considera.

O pesquisador constatou ainda que a música também é uma ótima maneira de regular o humor, tanto antes como durante as atividades físicas. "Muitos atletas se apegam à música como se fosse uma droga lícita, utilizando-a como estimulante ou sedativo. A excitação também pode se reduzir no caso de se ouvir uma canção mais lenta", afirma.

A relação com o desempenho atlético é apenas um exemplo dos avanços médicos que os cientistas buscam analisar para compreender melhor o incrível poder da música sobre a mente e o corpo. Eles acreditam que essa força é capaz de acabar com dores, reduzir o estresse e aumentar a capacidade cerebral das pessoas

Cada vez mais profissionais da saúde, incluindo a pediatra Linda Fisher, do centro hospitalar da Universidade de Loyola, em Illinois, nos Estados Unidos, utilizam músicas terapêuticas para tratar pacientes em hospitais, hospícios e outras unidades hospitalares.

Linda Fisher explica que as canções tocadas não necessariamente já são familiarizadas com os enfermos. "A música tem um poder de cicatrização capaz de colocar a pessoa em um estado de tranqüilidade, controlado pelo ritmo e qualidade dos tons que compõem a melodia", avalia

Estudos realizados no início da década de 1990, no Bryan Memorial Hospital, em Nebraska, e St. Mary's Hospital, no Wisconsin, concluíram que o hábito reduz significativamente a freqüência cardíaca e controla a pressão arterial e a velocidade respiratória de pacientes submetidos à cirurgias.

Em 2007, uma pesquisa na Alemanha indicou que a musicoterapia ajudou a melhorar as habilidades motoras de pacientes que se recuperavam de acidentes vasculares cerebrais. Entre outros efeitos encontrados, o tratamento também pode impulsionar o sistema imunológico, melhorar o foco mental, ajudar a controlar a dor, criar uma sensação de bem-estar e reduzir a ansiedade de pacientes que aguardavam cirurgia.

Em outro estudo recente da escola de enfermagem da Kaohsiung Medical University, em Taiwan, a musicoterapia reduziu a tensão psicológica de grávidas após uma avaliação com 236 mulheres.

A pesquisadora Chen Chung-Ei informou que as grávidas apresentaram significativas reduções de estresse, ansiedade e depressão depois de ouviram diariamente durante 30 minutos CDs com músicas infantis, da natureza e de compositores como
Beethoven e Debussy. Os resultados foram divulgados no jornal científico Journal of Clinical Nursing.

Costas Karageorghis explicou os efeitos da música quando se está praticando atividade física em um ginásio. Primeiro, ela reduz a percepção em cerca de 10% de como a pessoa está se saindo durante a baixa intensidade da atividade. No caso de alta atividade, a música não funciona tão bem porque o cérebro fez com que se
preste atenção aos sinais de estresse fisiológico.

Em segundo lugar, a música pode influenciar o humor, elevando potencialmente os seus aspectos positivos, como a energia, entusiasmo e felicidade, e reduzindo a depressão, tensão, fadiga, raiva e confusão.

Em terceiro lugar, a música pode ser usada para definir o ritmo do indivíduo, como no caso do etíope Haile Gebrselassie, que escutaa canção tecno "Scatman" nas competições - o atleta conquistou o ouro nos 10 mil metros dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000.

O último efeito, segundo Karageorghis, é o de que a musicalidade pode superar o cansaço e controlar a emoção durante uma competição.

inesperado+poder+da+musica.htm

sexta-feira, 12 de março de 2010

PARACELSO MEDICINA HOLÍSTICA


"O Mago é um eleito!
O Sábio é um escolhido!"

Somente o Mago é capaz de fazer descer as forças celestes sobre a terra e guiá-las para os objetivos e objetos onde possa exercer o seu poder. Ele é capaz de causar efeitos físicos sem ajuda física, de transmutar a própria matéria, através do seu "pensamento ação"

Mago/Magia, quer dizer "ação direta sobre coisas, pessoas e todos os seres, sem ajuda da matéria." Imaginação e magia estão intimamente ligadas.

Paracelso não era um místico, mas alguém que viu a matéria penetrada pelo espiritual. corpo e alma são uma unidade

O médico suíço Paracelso é visto hoje em dia como o precursor da medicina holística. A visão da saúde como o equilíbrio energético do corpo, a importância da fé na cura e a interrelação entre o homem e tudo o que o cerca são apenas alguns dos conceitos elaborados por ele há cerca de 5OO anos

Paracelso é pioneiro da medicina total, farmacêutico, químico, alquimista, filósofo, astrólogo e mago. Ele é o padroeiro favorito de farmácias, clínicas e sociedades de vários tipos. Os títulos que recebeu vão desde "Pai da Medicina Naturalista", "Trismegisto da Suíça", até "Lutero da Medicina".

Ele nasceu em Einsiedeln, Suíça, como Theopèrastus Bombastus von Hohenheim. Depois de terminar a escola, trabalhar num laboratório e nas minas de Karnten, ele seguiu os passos de seu pai, começando a estudar medicina em Viena e terminando de promover-se em Ferrara, Itália.

Desde então, viajou quase continuamente pela Europa. Tentou estabelecer-se como médico em Salzburgo, mas foi expulso porque simpatizou com os agricultores rebeldes. Em Estrasburgo recebeu o título de cidadão, mas partiu para Basel, logo depois, como médico. Ali, após muitos desentendimentos com colegas médicos, farmacêuticos e o próprio conselho da cidade, Paracelso recebeu uma ordem de prisão em 1528, forçando sua fuga da cidade. Ele viajou pelo país como uma espécie de médico-cigano, até voltar para Salzburgo em 1540, chamado pelo bispo daquele lugar.

Seus escritos, originariamente com mais de 8 mil páginas, por um lado chegaram apenas parcialmente até nós. Ele foi a primeira pessoa a dar conferencias em alemão - e não em latim, como era costume na Universidade de Basel.

Paracelso queimou em público vários livros de medicina tradicional. Ele. Dizem que ele teria descoberto o "fogo vital", o "magnetismo animal", oficialmente descoberto por Franz-Anton Mesmer. E ele também sabia que existia uma aura...

Mesmo que Paracelso se ocupasse intensamente com astrologia, alquimia e magia, questões esotéricas, sociais e filosóficas ele era principalmente médico, e é nessa função que seu nome é conhecido hoje em dia.

Na verdade, em seus escritos a medicina ocupa o primeiro lugar e ele a praticou e lecionou durante toda a sua vida. Em todo o caso, Paracelso não via o médico apenas como um profissional para eliminar os sintomas de uma doença, um modo completamente diferente do que era costume naquela época (e ainda é hoje).

Sua opinião sobre a doença fica muito mais próxima do conceito moderno, porque se baseia numa imagem "cósmica" do mundo e da humanidade, indo muito além da visão tradicional da sua época, que se baseava na doutrina de Hipócrates. Paracelso modificou a opinião existente naqueles dias definindo a saúde como equilíbrio e doença com o desequilíbrio de todas as energias presentes.

Paracelso
Arte de curar apóia-se nos pilares

Filosofia significa, antes de mais nada, "abrir-se ao conjunto das forças naturais, observar essas forças invisíveis na penetração da realidade total e perceber o invisível no visível".

Alquimia útil principalmente na preparação dos remédios;
Virtus , a honestidade do médico

De acordo com Paracelso, o médico é a imagem primordial de uma pessoa que está se aperfeiçoando. Mais do que qualquer um, o médico deve reconhecer a ação da natureza invisível no doente ou, em se tratando do remédio, como ela trabalha no visível.

Para podermos nos aproximar das idéias de Paracelso, é inevitável considerar determinadas imagens básicas, que normalmente são rejeitadas pelo médico convencional, porque se apóiam, acima de tudo, em opiniões "ocultas". As duas palavras chave desse lado "secreto" de Paracelso são imaginação e magia.

Paracelso, Alquimista, Químico, Pioneiro da Medicina”, o historiador e filósofo Lucien Braun, de Estrasburgo, dedica um extenso capítulo a esse aspecto para explicar o significado básico de tais idéias. De acordo com o prof. Braun, é muito difícil explicar a "imaginação" como "sem sujeito e sem imagens". Porque Paracelso quer apenas possibilitar que a natureza apareça, "que a própria luz da natureza surja, mostrando-a. Mas ela apenas mostra a luz àquele que sabe ver sem imagens"

A natureza é mais do que nossos olhos enxergam, "o invisível que pulsa através do visível". O invisível nunca se apresenta como imagem, porque ele não e um objeto, é energia viva, criativa; uma energia não-dividida, que tira as coisas de seu interior, transformando-as no que são na realidade.

Hoje, pensando nos campos morfogenéticos do biólogo inglês Rupert Sheldrake, ela nos soa muito normal. Foi ela que inspirou Paracelso em relação a seus dizeres mais lindos: "O visível esconde o invisível, mas apesar disso conseguimos o invisível apenas através do visível." Para o médico suíço, a natureza não é apenas aquilo que nossos olhos enxergam, nem somente o que existe num outro lugar, mas ambos ao mesmo tempo. Escreveu Braun: "

Assim, não é de surpreender que foi Paracelso quem introduziu a descrição da 'força de imaginação', dando desse modo um nome à energia imanente, que fixa as coisas do interior para fora, cria, faz surgir e não pode ser imaginada de modo algum. Outros atributos dessa força: ela flui através de todas as coisas, 'através de todo esse imenso mundo', e é tão eterna como tudo que existe e não existe, tudo que 'está sendo'

Segundo Paracelso, imaginação e magia estão intimamente ligadas. E nesse caso magia quer dizer ação direta sobre coisas, pessoas e todos os seres, sem ajuda da matéria. Ou, expresso de outro modo: o mago é capaz de causar efeitos físicos sem ajuda física. "Afinal", salienta Braun sobre os pensamentos de Paracelso, "toda natureza invisível se movimenta através da imaginação. Se a imaginação fosse forte o suficiente, nada seria impossível, porque ela é a origem de toda magia, de toda ação através da qual o invisível (de um ou outro modo) deixa seu rastro no visível. A energia da verdadeira imaginação pode transformar nossos corpos, e até influenciar no paraíso..."

Baseando-se nesse fundo filosófico, Paracelso ligou as características exteriores de um remédio com as de uma doença. Um remédio "se mostra pela sua assinatura", porque o exterior da planta de que ele é extraído espelha sua função e atributos.

Paracelso, como médico de seu tempo, nem praticava medicina tradicional nem moderna - ou seja, ele não pode ser encaixado na medicina ortodoxa tampouco na medicina total. Sua medicina se apoiava muito mais num conceito claro e inconfundível, numa teoria da medicina que tinha suas raízes na filosofia que faz do homem um verdadeiro médico. No entanto, essa filosofia não confia apenas na natureza nem na mente; ela constrói da "luz da natureza" seu "cosmos anthropos".

"O que podemos aprender de Paracelso é principalmente a necessidade de pensar sobre a medicina e o que ocorre durante o tratamento", resume o dr. Edward Seidler, historiador da medicina, que iniciou algumas palestras sobre o médico naturalista na Universidade de Freiburgo (Alemanha): "Sua popularidade continua", de acordo com ele, "porque Paracelso tem algo para cada um, médicos tradicionais, totais, filósofos, esotéricos, etc." Ele conseguiu novidades no campo da química, da idéia de que, deve existir um remédio específico. Com respeito ao "remédio de Paracelso" ainda hoje existente, preparado de acordo com o método espagírico, não há provas de que ele realmente foi inventado pelo médico suíço. O autor e teólogo Gerhard Wehr impressiona-se, acima de tudo, com as dicas para o futuro que os escritos de Paracelso contêm. Pensamentos cósmicos estavam bem mais perto dele do que de nós, mesmo se tal pensamento, hoje, já está começando novamente a ganhar terreno.


Paracelso não era um místico, mas alguém que viu a matéria penetrada pelo espiritual. Suas conclusões têm valor até hoje porque nenhum médico naturalista pode comparar-se com ele, e o fato de ele ter sido muito criticado tornou-o ainda mais interessante.

“Paracelso, sem dúvida alguma, era um grande biólogo e um médico 'total', que entendeu muito do esoterismo. Era esotérico porque falou muito sobre o 'interior' do homem e também sobre a influência das estrelas sobre os seres humanos."